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Eduardo Campos, meu amigo Dudu: perdi um grande amigo |
Semana maldita. Triste
mesmo. A morte de Eduardo Henrique Accioly Campos, Dudu como era chamado pelos
amigos, me encheu de perplexidade. Que pena! O Brasil perdeu uma de suas
lideranças mais flamantes, um dos sopros de renovação. Um quadro politico firme
e consistente.
Passei pela mesma situação
do PP-AFA, o Cessna acidentado em Santos, pelo menos umas 30 vezes. Trata-se de
manobra corriqueira. A aeronave se aproxima do local de pouso, não há
visibilidade por conta das nuvens, ele rasga então as cegas a formação, e quando
finalmente coloca-se abaixo das nuvens busca a pista de pouso, no mesmo ou em
novo procedimento.
Neste último caso, o
comandante recolhe o trem de pouso, os flaps, joga toda a potência no motor, ou
nas turbinas e recomeça outra vez. Havia um voo da velha Varig,
Brasília-Curitiba-Porto Alegre, que saia da capital federal as 20 horas e era
operado por um Boeing 727, que era campeão neste procedimento. Afinal, baixas
camadas de nuvens não chegam a ser uma novidade no aeroporto Afonso Pena.
Embora mais leves e de
mais fácil manejo, os aviões pequenos, executivos, tem mais dificuldade nesta
manobra que os gigantes. Pelo menos é o que o pessoal da aviação sempre costuma dizer. E também neste cenário
já passei por isso em inúmeras ocasiões, até mesmo no Aeroporto de Congonhas,
que como todos sabem é uma imensa armadilha.
Conheci Dudu Campos quando
ele era chefe de gabinete do avô, Miguel Arraes. Sorridente, sempre lhe
percorria um bom humor característico. Era capaz de falar de futebol ou de
Proust com a mesma verve. Reencontrei-o em 1998 secretário da Fazenda de
Arraes, foi quando nossos laços de amizade prosperaram.
Nestes últimos 14 anos,
tive a honra e o prazer de consultá-lo e de ser consultado por ele sobre os
mais diversos assuntos.
Naquela manhã maldita de
13 de agosto. Uma quarta-feira. Perdi um amigo e uma boa parte da minha
esperança no futuro. Fiquei mais só.