segunda-feira, 22 de julho de 2013

A verdade sobre Lone Ranger





Tonto e Lone Ranger, nos anos 50: heróis ingênuos que empolgavam nas matines



 
Bem feito!

Uma produção de US$ 235 milhões não arrecadou até agora nem a metade do que gastou. Claro estou falando do Lone Ranger, o Cavaleiro Solitário, a desastrada tentativa da Disney de recuperar o personagem dos anos 50 e seu indefectível companheiro comanche, o índio Tonto.
Bem que Johnny Deep se esforça no papel do índio que conta a história. E tem tiradas bem engraçadas. Muito pouco para a fortuna que gastaram, é verdade. Mas, o que mais me incomodou foi a forma desrespeitosa com que trataram um herói sexagenário, que animou a minha geração com seriados no cinema, na tevê e nas revistas em quadrinhos da RGE (Rio Gráfica Editora).

Tá legal, o mundo mudou. A internet, o 3D, os efeitos especiais, acho que ninguém daria mesmo bola para um caubói ingênuo que defendia os índios, os agricultores, os mexicanos no meio daquele descampado texano.

Aliás, tenho o privilégio de possuir uma cópia dos dois longas feitos na década de 50. Lone Ranger e The Golden City. São produções B, ingênuas, típicas das matines daquele tempo, quando um mocinho era mocinho e um bandido era bandido. Algum sociólogo certamente terá tempo para explicar porque os gibis e o cinema eram tão lineares. Da minha parte, adorava os finais:

- Veja, os índios ficaram com o ouro, agora poderão construir um hospital e uma escola. E nada disso seria possível sem a participação de Tonto e de Lone Ranger.

-  Aio Silver. Away!

Então vamos combinar: kimosabe, quer dizer homem digno e não irmão errado.
Lone Ranger era um Texas Ranger que foi emboscado com outros seis companheiros, inclusive o seu irmão. E fez a  máscara com a camisa do irmão. Foi salvo por um índio chamado Tonto. Não era advogado, nem promotor, nem coisa nenhuma.  Silver era um cavalo selvagem, mitológico, um cavalo de prata.

Tudo isso era uma invenção tola. Mas, inesquecível para quem contava as horas para a matine de domingo.