sábado, 16 de agosto de 2014

Perplexidade!


Eduardo Campos, meu amigo Dudu: perdi um grande amigo
 
 
 
 
Semana maldita. Triste mesmo. A morte de Eduardo Henrique Accioly Campos, Dudu como era chamado pelos amigos, me encheu de perplexidade. Que pena! O Brasil perdeu uma de suas lideranças mais flamantes, um dos sopros de renovação. Um quadro politico firme e consistente.

Passei pela mesma situação do PP-AFA, o Cessna acidentado em Santos, pelo menos umas 30 vezes. Trata-se de manobra corriqueira. A aeronave se aproxima do local de pouso, não há visibilidade por conta das nuvens, ele rasga então as cegas a formação, e quando finalmente coloca-se abaixo das nuvens busca a pista de pouso, no mesmo ou em novo procedimento.

Neste último caso, o comandante recolhe o trem de pouso, os flaps, joga toda a potência no motor, ou nas turbinas e recomeça outra vez. Havia um voo da velha Varig, Brasília-Curitiba-Porto Alegre, que saia da capital federal as 20 horas e era operado por um Boeing 727, que era campeão neste procedimento. Afinal, baixas camadas de nuvens não chegam a ser uma novidade no aeroporto Afonso Pena.

Embora mais leves e de mais fácil manejo, os aviões pequenos, executivos, tem mais dificuldade nesta manobra que os gigantes. Pelo menos é o que o pessoal da aviação  sempre costuma dizer. E também neste cenário já passei por isso em inúmeras ocasiões, até mesmo no Aeroporto de Congonhas, que como todos sabem é uma imensa armadilha.

Conheci Dudu Campos quando ele era chefe de gabinete do avô, Miguel Arraes. Sorridente, sempre lhe percorria um bom humor característico. Era capaz de falar de futebol ou de Proust com a mesma verve. Reencontrei-o em 1998 secretário da Fazenda de Arraes, foi quando nossos laços de amizade prosperaram.

Nestes últimos 14 anos, tive a honra e o prazer de consultá-lo e de ser consultado por ele sobre os mais diversos assuntos.

Naquela manhã maldita de 13 de agosto. Uma quarta-feira. Perdi um amigo e uma boa parte da minha esperança no futuro. Fiquei mais só.