![]() |
Maria José Siri no camarim: preparando-se para o primeiro ato |
Mais uma estréia coroada de êxito. A Manon Lescaut de Puccini, a sexta produção deste ano do Theatro Municipal de São Paulo subiu ontem, sábado dia 29, e terá récitas ainda hoje, e nos dias 1, 3, 5, 6, 8 e 10 de setembro.
Trata-se de cara de uma
produção marcada por dois gênios indiscutíveis da música e do teatro: o maestro
John Neschling e a soprano uruguaia Maria José Siri. O profissionalismo dos
dois impressiona de uma forma indelével e absoluta.
Neschling, veterano de
tantas orquestras e de tantos teatros que dirigiu e formou, nunca esteve tão
bem, como agora, à frente do Theatro Municipal de São Paulo e da Orquestra
Sinfônica Municipal. Ele transmite segurança, competência e faz com que
orquestra, coros e solistas entreguem o melhor.
![]() |
Siri em Manon, primeiro ato: domínio perfeito da cena |
Que trio!
Manon
Lescaut teve sua première no Brasil no Teatro São José, em 29
de agosto de 1893, com o mesmo elenco da estréia mundial em Turim, em fevereiro
daquele ano. Em setembro de 1911 estava entre as óperas da primeira temporada
do Theatro Municipal de São Paulo.
A Manon de Puccini é a
primeira das grandes óperas que transformou o gênio toscano no verdadeiro e
principal herdeiro de Giuseppe Verdi. E é nos detalhes, tão caros ao verismo,
que reside o perigo de sua montagem. Pode escapar a um diretor e até ao
público, mais jamais a um perfeccionista como Neschling: o barítono brasileiro
Paulo Szot, no papel do sargentão Lescaut, o Edmondo de Valentino Buzza e o
Geronte de Saulo Javan e, sobretudo, a delicadeza com que a mezzo Malena Dayen
fez um simplório músico no segundo ato, mostraram rigor e eficiência.
![]() |
Siri em dois momentos: a futil do 2o. ato e a condenada do 3o. |
![]() |
Siri brilhante: domínio da cena no 4o.ato foi brilhante |
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir