terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Revellion na Alfama


Katia Guerreiro: personalidade própria para cantar o fado 





Viver a virada do ano na Alfama, no templo sagrado do fado, em Lisboa, foi uma destas experiências únicas, que eu confesso jamais ter vivido, embora tenha sido, no passado, um habitue do Beco do Espírito Santo. Pois, me caiu no colo, graças a meus amigos Juliana e José Luiz, a passagem para 2018 na Mesa dos Frades, cujas guloseimas não encantaram tanto o paladar, quanto os sons excitaram minha audição.

Não é que me aparece uma rapariga, lá com seus 40 anos, nascida de pais portugueses na África do Sul. Médica formada e especialista em olhos, com uma voz de meio-soprano rouca e potente. Não. Ela não tem nada de Amália ou de qualquer outra cantante. Ela tem luz própria e personalidade própria. Canta e encanta com o coração. Quem quiser pode pesquisar no Google, a gaja se chama Katia Guerreiro e é um potentado.

Mas, seria injusto da minha parte não falar dos meninos que a acompanham, Pedro de Castro e João Felipe. Ambos se saem muito bem com suas guitarras e seus violões. São músicos sérios e profissionais, que navegam com o dedilhado no meio das cordas e reproduzem a linguagem do pentagrama.


Que pena que a noite acabou. Ficamos eu e Rejane completamente perplexos com o espetáculo singelo e intimista que estas moças e rapazes nos brindaram. Em maio, estarão todos presentes para uma apresentação em São Paulo. Será ótimo revê-los.  

Um comentário:

  1. Provocado pelo Sr.,
    escutei a Voz do Vendo. E, nas Asas desse Fado Português, sobrevoei as terras lusitanas de areias tropicais. E todas as vezes em que Ela fechava os seus olhos, eu fechava os meus também.

    Abs

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