terça-feira, 22 de maio de 2012

O protagonismo dos misters

Felipão com aquele ar de satisfação e entusiasmo: prazo de validade vencido


Quem me conhece sabe que o futebol é uma das minhas paixões. Ainda continuo apaixonado pelo esporte, apesar do mercantilismo, das marmeladas, do excesso de mascarados e pela falta de brilho nas partidas. Raramente se vê um confronto emocionante, um lampejo, uma jogada inusitada. Mas, tudo isso se releva e pode se atribuir a um certo saudosismo da minha parte.

Agora o que não dá mais para suportar é este protagonismo dos super-treinadores: Felipão, Leão, Tite, Mano Menezes, Joel, Abel, Cuca, Luxemburgo e assim por diante. É de matar. Ganham salários espetaculares para esgrimir respostas esfarrapadas e mostrarem-se craques na auto-ajuda. No campo mesmo, só atrapalham.

Felipão, por exemplo. Faz tempo que o seu prazo de validade no Palmeiras acabou. Eu até simpatizava com seu jeito italianado, de gauchão politicamente incorreto, o que é uma redundância. Mas, não dá para negar que ele, foi ele mesmo, jogou o campeonato paulista pela janela. Foi incapaz de comandar uma reação contra o poderoso Mirassol em pleno Pacaembu, deu sopa para o azar, e se arrebentou contra o Guarani, este sim dirigido por um grande técnico, Vadão, que deu um nó na sua cabeça.

Tá bom! Acontece.

Mas, ai veio o jogo da Portuguesa e não é possível que ele não soubesse que de tanto cruzar na área, uma hora eles iriam acertar o cruzamento.

Ora, se o Felipão quer ir embora. Muito obrigado por tudo. Não é possível que a diretoria do Palmeiras vá se submeter a isso. Vadão, Mancini, Dorival são bons treinadores, não custam tão caro e não são estrelas.

Duro é esperar o confronto com o Grêmio ou com o São Paulo para esperar pela crise. Que ela vem, vem.  

Mano Menezes é outro maluco. Como não convocou o melhor jogador brasileiro da atualidade, o meio-campo Ramirez, do Chelsea? E o Lucas Leiva? Não entendo. Aliás faz tempo que eu não entendo as convocações da seleção. Honestamente, nem quero entender. Imaginem uma linha média com Ramirez, Lucas e Hernanes, Ganso na ligação e Neymar e Lucas, do São Paulo. Pode até dar certo! Credo.

Leão é outro. O que ele já fez de lambança, dá uma enciclopédia. A diretoria do São Paulo ajudou bastante nesta última. Tomar de quatro do Botafogo é mesmo de matar. O São Paulo tem três jogadores fora de série: Casemiro, Lucas e Luis Fabiano, o resto serve para compor o elenco. Que conversa!

Faz tempo que estes senhores técnicos não dizem a que vieram.

Exceção é claro ao grande Tite, símbolo de uma geração. Vejam a explicação dele: “Com a flutuação dos alas e a penetração dos meias, ganho mais consistência no passe. E aí com Jorge Henrique solto, posso segurar os volantes na proteção da zaga e permitir que a bola chegue com mais qualidade para o Emerson”.

Gostar do Corinthians eu até gosto. Suportar a Fiel, eu até suporto. Mas, definitivamente as explicações do Tite são insuportáveis.

  

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