domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal para Todos!

O Reencontro: amigos dos tempos de universidade se reencontram e conferem suas vidas




Enfim, chegou o verão e com ele o Natal, o Novo Ano, as férias, as indefectíveis retrospectivas. Este ano Veja não reeditou aquela capa memorável em que mostrava o Cristo na cruz com a chamada: “Quem foi este homem!”

Este 2011 que termina foi um ano tenso e intenso. Começou marcado por sobressaltos: a posse da presidenta Dilma, a crise na Europa, a desilusão com Obama. Perdi dois amigos queridos: o Pepe Meirelles e o João Bittar, que foram para a grande redação do céu.

Perdi ainda a companhia do amigo Chico Daniel e a referência competente do Rodolfo Fernandes. Senti que o mundo ficou mais intolerante e mais linear. Talvez seja a premência da crise econômica, que ninguém acredita, ficará restrita apenas ao hemisfério Norte. Foi o ano da grande tragédia dos tsunamis no Japão.

Naquela tarde triste do velório do João, no cemitério do Araçá, reencontrei amigos que não via há muitos anos. Ao que o Hélio Campos Mello, sempre perspicaz, se apressou a dar o diapasão: “Estaria tudo bem se nos reencontrássemos, não fosse o fato de estarmos aqui velando o João”.

Me veio à mente um filme extraordinária do diretor americano Lawrence Kasdan, O Reencontro, de 1983. Infelizmente não tenho uma cópia dele. Trata-se da história de um grupo de amigos de escola que se reencontra, depois de uma década, para o velório e o enterro de um deles. É a melhor interpretação de Kevin Costner. Ele faz o defunto e sua aparição se limita apenas ao punho de sua camisa.

Kasdan escreve muito. É um daqueles cineastas que chegou as lentes depois de se exercitar muito tempo “nas pretinhas”. E ele vai fundo neste roteiro. Distribui entre os personagens todas as aspirações de uma geração, as frustrações, a solidão, enfim, o fracasso de uma geração que queria mudar o mundo, mas mudou apenas a crosta. Gostaria de revê-lo.

Como diz o meu irmão André: Feliz Natal para Todos! 

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