Vista de Oslo, a pulsante capital norueguesa: durante o rush matinal |
A elaboração de rankings a partir de parâmetros definidos pelos
países do hemisfério Norte, quer dizer desenvolvidos, parece ser mesmo uma
doença dos chamados tempos modernos. No ranking da ONU que avalia o
desenvolvimento humano em 188 nações, o Brasil é apenas a 79ª. Melhorou muito
em saúde e educação e piorou no quesito distribuição de renda. O que o manteve
estável, ou seja, na mesma posição de 2010. Em tempo, estes dados correspondem
a um levantamento feito em 2015.
No chamado ranking da felicidade elaborado pela Rede de
Soluções para o Desenvolvimento Sustentável à pedido da ONU, o Brasil está em
22º lugar entre as nações mais felizes do mundo. Atenção no ano passado era 17º
. A avaliação é feita em 155 países.
Os primeiros colocados são sempre os mesmos. Noruega,
Dinamarca, Suécia, Islândia, Finlândia, Canadá, Nova Zelândia e Austrália. Os
países escandinavos também lideram ranking de suicídios e depressão. Ainda
assim, segundo a ONU, são felizes e possuem o maior indicador de
desenvolvimento humano do planeta.
Na reportagem de O Globo, de hoje, que divulga estes
resultados, o professor Roberto da Matta, antropólogo da PUC-Rio, relativizou
as pesquisas:
“O conceito de felicidade” – disse ele – varia de acordo com
cada cultura e tempo histórico... Acredito que devemos prestar atenção aos
aspectos negativos, como a corrupção que não é um problema para os países que
lideram a lista. A queda do Brasil é um reflexo evidente da falência do Estado.
Estamos sob uma sombra infeliz e vergonhosa”.
Na lista das 25 nações mais felizes do mundo, destaque para a
Costa Rica, em 12º lugar, o Chile, em 20º , a Argentina em 24º e o México em 25º.
Curiosamente não aparecem referências ao Japão, a Itália, a França, a Espanha ou
Portugal. Entre os mais infelizes, Afeganistão, 141º. , Haiti, 145º. E Síria,
152º , são os únicos não africanos entre os últimos 25 países da lista.
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