terça-feira, 12 de abril de 2011

Assim é, se lhe parece...


O flautista Murilo Moss Barquette ficou absolutamente indignado com o post anterior, Orquestra de Chinelinhos. É um direito que ele tem. E eu respeito isso. Admito até que ele me chame de insano. A democracia é assim, quem fala o que quer, ouve o que não quer.
Entretanto, quero deixar claro que não tenho procuração, nem conheço o maestro Minczuk. Admiro os mestres Nelson Freire, Cristina Ortiz, Marlos Nobre e, com certeza, o maestro Isaac Karabtchevsky. Por outro lado, segue no ar a pergunta que não tem resposta: por que os músicos da OSB, como ocorre com qualquer orquestra do mundo, e em praticamente todos os ramos da atividade humana, não querem se submeter a um processo de avaliação?
Desqualificar-me não responde a pergunta. Citar outros músicos tampouco.
De qualquer maneira, Murilo, agradeço a sua audiência ao meu blog. Não o considero medíocre, nem acho que suas palavras são ridículas. Você tem todo o direito de defender o seu ponto de vista, o ponto de vista da sua corporação, da sua turma, ou seja lá o que você representa. Assim como eu tenho o direito de questionar a todos eles.
Democracia é a arte de conviver com posições contrárias e respeitá-las. Cumprimento-o pela coragem de se expor.
Só não tenho certeza que emergirá uma solução para o problema. Insisto que as orquestras brasileiras, com raras exceções, são corporativas, ensaiam pouco, estudam menos ainda e se apresentam bem menos do que deveriam. Enquanto isso. Como no filme de Fellini, o prédio balança diante da eminente demolição.

2 comentários:

  1. Olá professor Nunzio!
    Adorei achar seu blog!!!Fui sua aluna na primeira turma de jornalismo do colégio Dromos, em 2002. Foi maravilhoso tê-lo como mestre, nunca me esqueço do quanto aprendi e vivi naquela matéria. Como está você? Eu, como ser interessante, estou perdida, mas muito feliz!
    Abraços!!!

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  2. Sem querer parecer mais um músico "truculento", acusação feita por um comentarista "de (nenhum) peso" em seu post anterior, gostaria de fazer uma pergunta: que espécie de democracia é essa, que permite que se publiquem impunemente falácias do gênero:

    "como ocorre com qualquer orquestra do mundo, e em praticamente todos os ramos da atividade humana, não querem se submeter a um processo de avaliação?"

    Que me seja permitido duvidar de seu conhecimento sobre "as orquestras do mundo" em especial e a "atividade humana" em geral...

    Mas sua vocação para berrar sua ignorancia aos quatro ventos me vai transformar em leitor assíduo de seu blog: começo a entender cada vez melhor fenômenos como o (na INFRAERO também sobrou um carguinho de confiança, não é?) "apagão aéreo", ENEM ou a baixíssima qualidade do ensino público no Brasil, que infelizmente também sou obrigado a financiar...

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