domingo, 17 de abril de 2011

Siga el baile....

O que esconde a crise da OSB: interesses corporativos e o maestro Neschling?

Tinha prometido a minha esposa Rejane que não voltaria ao assunto. Ela ficou assustada com a reação de alguns professores da OSB ao meu post Orquestra de Chinelinhos. Sem poder usar argumentos racionais, dita a regra que se deve atacar o interlocutor. Com 40 anos de jornalismo estou bastante acostumado com isso.  Todos os que me criticaram preferiram me dizer que eu não sabia do que estava falando.  A crise, entretanto, está longe do desfecho.
Insisto na comparação com o Ensaio de Orquestra, de Fellini. O que está em discussão é a mais primitiva discussão corporativa. É a boquinha ameaçada, o pânico que se instala diante da possibilidade de um teste de avaliação.
No Globo de hoje, meu compadre Ancelmo Gois informa que por trás de tudo pode estar o maestro John Luciano Neschling. Não acredito.
Trocar Minczuk por Neschling é trocar seis por meia dúzia. Aliás, diria que o ex-marido da Lucélia é ainda mais rigoroso, menos afeito aos apelos corporativos e mais exigente.
Na sexta 15, os músicos da OSB deram conhecimento de sua pauta de reivindicações. Achei até tímida. Eles querem apenas que o Minczuk desapareça e que os colegas afastados ou demitidos pela insurreição contra o tal teste de avaliação sejam reincorporados. De resto, como diz aquela canção argentina Siga el baile...Siga el baile.
Gostaria de sugerir aos professores da OSB que incorporem algumas questões mais específicas às suas reivindicações, a saber:
1.   O fim da figura do regente, que seria substituído por um metrônomo gigante, como no filme do Fellini;
2.   A proibição de qualquer crítica, partindo do pressuposto que ninguém sabe do que está se falando.
3.   A manutenção da falácia de que a OSB é uma das melhores orquestras do mundo. No caso de alguém discordar, prevalecerá imediatamente o item anterior.


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