quarta-feira, 6 de outubro de 2010

De cowboys e vaqueiros

Heroi do passado: o jovem Roy Rogers
Por conta do sucesso do Festival John Ford, promovido pelo CCBB, muita gente me mandou perguntas sobre o gênero western (aí turma, muito obrigado pela audiência a este modesto canal de comunicação). E, confesso a minha surpresa em constatar que as novas gerações desconhecem completamente um dos mais importantes e profícuos estilos cinematográficos.
Entender porque o western acabou desafia muita imaginação e já consumiu toneladas de papel. Prefiro acreditar que a urbanização e a sofisticação do mundo condenaram a história de vaqueiros e bandoleiros, índios e soldados da cavalaria ao esquecimento.
Mudou também a relação do cinema com o público. Hoje, os jovens querem emoções, muitos efeitos especiais, e dão de ombros a história de um advogado recém formado, que chega ao oeste americano, bradando pelo estado de direito ( O Homem que Matou o Facínora - 1962).
O western é sobretudo uma história rural, se passa no campo, o que é sempre muito distante dos jovens de hoje que se surpreendem quando descobrem que uma vaca não dá leite em caixinha. Ainda me lembro dos meus primeiros heróis da tela: Roy Rogers e Hopalong Cassidy. O primeiro tinha um cavalo dourado e uma namorada, combatia os ladrões de gado. O segundo, mais antigo, estava sempre metido em crises provocadas por colonos e garimpeiros.
Justiceiro de chapéu longo; Hopalong
Os dois existiram de verdade. Eram cowboys de carne e osso. Viajavam pelo mundo. Desculpe Juca Kfoury, mas, meninos, eu vi!  Os dois. Um no Ibirapuera e outro no Parque da Água Branca.
Guardadas as devidas proporções, emoção igual só experimentei quando levei meus filhos para conhecer o Beto Carrero World.
Vocês sabem,. Beto Carrero, o cauboi brasileiro! Mistura de western e circo, uma delícia, franca e ingênua.
O primeiro personagem de fantasia recebeu o nome no Brasil de Zorro. Aquele mesmo que tinha como fiel escudeiro o índio Tonto. Na verdade, ele não era Zorro, mas Aloned Ranger. Ou o Ranger Solitário. Seu cavalo chamava Silver.
Hopalang, Roy Rogers ou Zorro eram obrigatórios na matine do Bertioguinha, um dos cinemas do meu bairro, em São Paulo, e desfilavam suas aventuras em curtas metragens que antecediam o programa duplo.
Daí para os grandes western foi um pulo.
Bem a seguir sugiro para vocês uma modesta lista dos sete melhores western de todos os tempos. Todos estão disponíveis em locadoras ou lojas especializadas:

  1. No Tempo das Diligências – John Ford
  2. Sete Homens e Um Destino --- John Sturges
  3. Da Terra Nascem os Homens --- William Wyler
  4. O Homem que Matou o Facínora – John Ford
  5. Matar ou Morrer --- Fred Zinemann
  6. Era uma vez no Oeste – Sérgio Leone
  7. Rastros do Ódio – John Ford

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